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Freguesia do Parchal quer a água como um bem público comum.

 

A Assembleia de freguesia do Parchal, no concelho de Lagoa, aprovou a moção apresentada pelo Bloco de Esquerda em defesa da água pública.

Com os votos favoráveis do Bloco de Esquerda, do Partido Socialista e uma abstenção do partido Social Democrata, foi aprovado por maioria, o documento apresentado pelos bloquistas que defende a água como um bem e um serviço público, com garantias ao seu acesso para todos e todas e ainda como um direito de cidadania.

Jorge Ramos, eleito pelo BE à Assembleia de Freguesia do Parchal fala-nos de dois documentos essenciais para a luta pela defesa da água como um bem público comum, a declaração Ecuménica, documento subscrito por várias religiões e a declaração da década internacional da água (2005-2015) pela O.N.U., como sendo argumentos por demais pausiveis para considerar que a água nunca poderá vir a ser privatizada e acrescenta “a água é um bem fundamental para a vida. Sem água não há vida. Ter acesso ou não ter acesso à água significa decidir sobre a vida e a morte do povo.”

No documento apresentado pelos bloquistas pode ler-se que Portugal ratificou as “Directrizes Voluntárias para o direito à alimentação” da FAO em Novembro de 2004, em que a água é tratado como um bem público e também a ONU, a define como “o direito a uma alimentação adequada “, no artigo 25º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

À parte desta iniciativa, circula uma petição pelo “não” à privatização da água e recentemente, o grupo parlamentar do BE apresentou a proposta de referendo nacional à privatização da empresa águas de Portugal, tendo esta sido chumbada pelos partidos da coligação PSD/CDS-PP.

“A água deve ser colocada ao serviço da vida e esta realidade não será assegurada por uma empresa que visa só, e apenas a obtenção de lucros” rematam os bloquistas de Lagoa.